sábado, 17 de setembro de 2011
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São Paulo - No início desta semana, a Caixa Econômica Federal começou a veicular a campanha publicitária que comemora os 150 anos do banco. O comercial, porém, gerou polêmica entre os telespectadores e até críticas do próprio governo.
No comercial, a atriz Glória Pires narra uma história em que o célebre escritor Machado de Assis (1839-1908) teria sido correntista do banco. A questão é que o ator que interpreta o escritor é branco. Machado de Assis, no entanto, era mulato.
Em nota, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), órgão do Governo Federal, se manifestou dizendo que "é lamentável que tenha havido esse deslize numa campanha que vem sendo desenvolvida numa linha educativa e instrutiva que inclusive já retratou fatos históricos desconhecidos da população". De acordo com a Seppir, qualquer medida só poderá ser tomada se uma pessoa ou entidade fizer uma denúncia na ouvidoria do órgão.
Por meio de sua assessoria, a Caixa se posicionou sobre a polêmica, afirmando que "o banco sempre se notabilizou pela sua atuação pautada nos princípios da responsabilidade social e pelo respeito à diversidade. Portanto, a Caixa sempre busca retratar em suas peças publicitárias toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país".
No comunicado, porém, o banco não informa se alguma alteração será feita no filme, exibido em TVs abertas e fechadas - em horário nobre na rede Globo -, cinemas, e ainda em veículos impressos.
No comunicado, porém, o banco não informa se alguma alteração será feita no filme, exibido em TVs abertas e fechadas - em horário nobre na rede Globo -, cinemas, e ainda em veículos impressos.
Veja a propaganda:
Mais um a vez assistimos a negação da participação do povo negro na construção deste país, ao uso de meio de comunicação (e como sempre a rede Globo está na frente) para impor uma visão que promove o racismo e destrói a imagem positiva do povo afro-brasileiro. Neste ano de 2011, declarado pela ONU ano do afro-descendentes, não podemos ficar calados diante deste ataque que consideramos covarde e profundamente ofensivo! Nós do CENPAH (centro pastoral Afro pe. Heitor) pedimos que sejam tomadas as devidas medidas no CONAR, Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária, e que a mesma presidência tome uma posição pública sobre este triste e voluntário deslize da CEF.
Por isso convidamos todos os leitores a cobrar as instituições da implementação da lei 12.288, do Estatuto da Igualdade Racial. Escrevam ao SEPPIR (emailseppir.ouvidoria@planalto.gov.br) expressando seu desdém e cobrando que haja cobrança no CONAR - Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária!
A história pertence ao todo o Povo Brasileiro, e não somente a uma porção dele! PARTICIPE DESTE ATO DE Repúdio!!!
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